A continuar esta chuva copiosa, prevejo derrocada iminente na frágil construção que eu sou.
– Pá, como é que ficou o Acordo Ortográfico?
– Pá, ao intervalo estava Vasco Graça Moura / Maria Alzira Seixo – 2 vs. Carlos Reis / Lídia Jorge – 1...
– E quem é que já tinha entrado?
– António Houaiss, Maria Helena Rocha Pereira, Herculano de Carvalho, Lindley Cintra, Celso Cunha... a malta toda, pá, toda mesmo.
– E o Cristiano Ronaldo?
– Pá, acho que não, acho que só podia entrar malta assim mais coiso, tipo académicos e isso... Nem se percebe bem o que ele diz... ainda tinha de vir o Berardo traduzir... e alguém traduzir o Berardo... e o acordo é mesmo para evitar as traduções...
– Pá, e por que razão puseste Vasco Graça Moura / Maria Alzira Seixo em primeiro lugar lá em cima no primeiro post?
– Pá, porque desde o Heidegger que a língua é a casa do ser... pareceu-me que eles é que estavam a defender a nossa língua... acho que são os da casa... Pá, fazes cada pergunta mais difícil...
– E como é que ficou hoje o Sporting-Benfica...?
– Pshh... uma seca monumental... não meteram o Graça Moura nem o Carlos Reis...
Agradeço a todos aqueles que dizem que os últimos dez anos parecem não ter passado por mim. Os deuses protegem quem amam, quando de feição.
A autoridade não se dá, viola-se.
Parabéns ao Tony pelos seus 20 anos de carreira – afinal, ele é o melhor amigo das donas de casa depois do Knorr.
Há uns anos comecei a jogar golfe. Depois, por motivos vários, praticamente deixei de jogar, mas agora percebo como o meu jogo de golfe era uma metáfora perfeita da minha vida: por mais que me esforçasse, a bola ou ia parar à água, ou enterrava-se na areia; por mais pancadas que desse, só os outros é que acertavam; e só quando a bola ia no ar é que eu percebia o que fizera de errado e já era demasiado tarde.
E ainda dizem que é um desporto calmo e relaxante... pff... não podem estar a viver a sério.