Conversas sobre mecânica têm em mim um efeito afrodisíaco e, por exemplo hoje, que estou com alguns problemas de transmissão, acho sinceramente que uma dupla árvore de Cames à cabeça me resolvia o problema.
Ando com problemas no meu meu relógio biológico. Nuns dias falta a pilha, noutros a corda, noutros o movimento. Sinto-me uma atrasada metal.
Não consigo pregar olho:
«Makukula pode ser um reforço importante para o Benfica?»
A próxima pessoa que me disser que a minha opinião vai de encontro à dela (querendo com isso dizer que estou a concordar com ela) vai levar cabeçadas até o crânio rachar e o encéfalo sair. Para fora, claro.
P. M. [Post mortem] Não digam que eu não avisei!
Há dias em que só me apetece encostar o cabo do aspirador às orelhas de meia dúzia de pessoas e esperar pelos resultados.
Muitos colegas meus da Primária estão a trabalhar nas obras. Demasiados Legos na infância.
Gosto muito de escovar os dentes. São os únicos momentos do dia em que, manifestamente por minha acção, alguma coisa no mundo fica a brilhar.
Cá veio, finalmente, a televisão, hipócrita, hipocondríaca, hipostática.
Lá apareceram os imigrantes ucranianos, urânios, urais.
Eu de anfitriã, afofa, anáfora, a repetir-me,
Eu,
Eu.
Este post pode parecer não fazer grande sentido e não faz mesmo.
Gosto de deixar a minha chaleira a assobiar alto, à noite, até me aperceber de que os vizinhos do andar de cima acordaram. Também já experimentei pôr os Tool, mas não tem o mesmo efeito porque se nota que é de propósito.
Há dias em que me custa muito levantar. O meu despertador não me estimula e a nossa relação está em perigo.
Hoje, na rádio, um homem disse que «o problema está a tomar outras repercussões».
Esta noite sonhei que o inspector-geral da ASAE era apanhado a descarregar ilegalmente ficheiros de música da Internet.
Sonhei também (sim, os meus sonhos são de um pormenor diegético estonteante) que, 32 juristas depois − e após o Pacheco Pereira afirmar a indignidade intelectual de tal procedimento, o Marcelo Rebelo de Sousa condenar o crime, mas compreender o móbil, e "as vicentinas de braganza" publicarem uma foto-montagem em que um CD se sobrepunha a alguma parte do corpo do sr. inspector-geral (buraco do meio incluído) − , se concluía que, afinal, era legal "emular" umas musiquinhas, desde que os computadores a usar estivessem nesse novo conceito de offshore que é o casino, entre um straight flush e outro.
Acordei feliz como se o Dave Matthews tivesse passado a noite a cantar-me o Baby ao ouvido.
Cheguei a uma altura da vida em que ou arranjava um gato ou criava um blogue.