Quinta-feira, 12 de Novembro de 2009
O homem subiu à acrópole.
De lá, ouvia todas as tablas do mundo ribombar ao compasso do seu coração.
Via luzes fluorescentes, que tentava seguir com o olhar, mas que se perdiam no meio de datas e de rostos cruzados na memória (ao ritmo das tablas que ribombavam ao compasso do seu coração).
Ouvia também a respiração das frases que tencionava dizer, mas que não chegava a pronunciar, porque se perdiam por entre ecos, reverberações e tablas da memória.
Quando se atirou, deixou de ouvir as tablas para só ouvir a respiração do coração.
Quando o corpo caiu no chão, foi o eco da memória que se ouviu.
De
João a 12 de Novembro de 2009
"De lá, ouvia todas as tablas do mundo ribombar ao compasso do seu coração."
Muito bonito.
Deve ser este o encanto do suicídio de que falam.
De
Moyle a 12 de Novembro de 2009
sístole e diástole
baya e daya
sístole e diástole
baya e daya
sístole e diástole
baya e daya
sístole e diástole
baya e daya
sístole e diástole
baya e daya
sístole e diástole
baya e daya
sístole e diástole
baya e daya
sístole e diástole
De César Prata a 13 de Novembro de 2009
circular na seiva
conhecer passos e compassos
viajar do caos à casa
saber as raízes
adivinhar os frutos
De escrevinhadora a 13 de Novembro de 2009
Tenham dó!! Atão, vim eu aos comentários a ver se percebia o que são as tablas... e nicles! Lá tive de ir aos dicionários e só à 3ª é que decifrei o significado (obrigadinha, ó Lello!), mas também não digo!
Clara, que rai' de ideia essa de pôr um tipo a ser assaltado pela dor sonora a ponto de se matar para acabar com ela!...
De ch a 13 de Novembro de 2009
AOUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
De C. Morgado a 15 de Novembro de 2009
Adorei, as palavras seguem um rumo que parece não ter qualquer nexo mas que fazem todo o sentido. Excelente.
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