Tenho recebido queixas de pessoas descontentes com The Secret. Alegam que com elas não funcionou, que não encontraram a felicidade. Abnegadamente desejosa de as ajudar, anuncio − a todos os deprimidos em geral e aos desiludidos de Rhonda Byrne em particular − que em breve vou publicar Straight, no chaser − a obra que vai trazer a luz às suas vidas.
Vínculos editoriais impedem-me de, para já, divulgar mais do que os temas a abordar:
Tomo I − Vultos que adoptaram este lema para as suas vidas − De Thelonious Monk a Keith Jarrett, passando por Miles Davis.
Tomo II − Straight, no chaser, strictu sensu: do toma-uma-bebida-servida-directamente-da-garrafa ao bebe-mais-um-copo-e-deixa-lá-estar-isso.
Tomo III − Straight, no chaser, latu sensu: bebe-a-vida-como-ela-vem-sem-fazer-ondas-e-sem-grandes-invenções (ou sem-muitas-merdas − aqui hesito na opção por um registo mais coloquial).
Tomo IV − Testemunhos de quem adoptou o lema e lhe aconteceram as coisas mais extraordinárias, como, por exemplo.
Com infinitamente mais estilo do que The Secret, e ao contrário deste, Straight, No Chaser não lhe diz que a sua vida vai deixar de ser miserável, apenas o ajuda a não pensar muito nisso.
Ei, assim ficámos a saber qual é o secret do Straight, No Chaser. Isto não é bom marketing.
O segredo não está em "o que se faz", mas em "como se faz". Isso eu não revelei.
A Clara não dá ponto sem nó. É por isso que gosto de si.
Gosta? Conto consigo para fazer um artigozinho para o meu fantástico livro?
Não sou digno de tamanha honra. Além disso, não sei escrever, o que, parecendo que não, é uma menos valia para a sua opus.
Ora, ora. Não será um Oscar Wilde, mas, em compensação, parece-me muito straight.
... No Chaser. Fecha-se o ciclo.
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