O cansaço dos dias presentes esgota as horas mas não o nosso tempo. As coisas tangíveis e tensas vizinham com o teu sorriso, que as dissolve num abrir e fechar de compassos e rege os calendários. Quando pudermos descansar havemos de não parar para continuar a correr – digo-te. Correr é um verbo bom, exprime uma acção que leva tempo, que demora, e que pode ser feita a dois. Já morrer, por exemplo, demora um segundo e morre-se a sós – e só por isso já não me interessa.