Acordou sobressaltado com um ruído que tanto podia ser de dedos a tamborilar numa pele como de uma aranha a correr pelo quarto. Um ruído saltitante e ritmado que crescia, diminuía, voltava a crescer, voltava a diminuir.
Acendeu a luz: o chão do seu quarto estava transformado num mosaico de meia dúzia de adufes gigantes (cada um feito da pele de uma só vaca) e por cima deles dançava o seu coração em perfeito concerto. Sorriu, aliviado. Nada alegra tanto um homem como ver o seu coração em festa.
De escrevinhadora a 11 de Abril de 2010
Aquilo das aranhas fez-me pensar em "Relatório Minoritário", mas no 2.º parágrafo ia-me dando 'uma coisa' - o homem vai ficar com o coração a zunir nos ouvidos... É que, com adufes, exige-se grande resistência!
Digamos que ele tinha um coração capaz de suportar todo o tipo de torturas, incluindo as infligidas aos adufes. :-)
De
Moyle a 11 de Abril de 2010
é giro verificar que, partindo do princípio que os adufes são quadrados, o quarto do senhor era rectangular. qual é a relevância disto? depende do ângulo. patafisicamente pode querer dizer algo :)
Patafisicamente o quarto tinha a superfície do geóide, claro! :-)
De
Moyle a 12 de Abril de 2010
a única coisa que alguma vez consegui calcular foi a curva de Gauss...
Simpática, mas sem a mística da do Mónaco...
(...)
De que é que estávamos mesmo a falar?
De
Moyle a 13 de Abril de 2010
de isostasia, creio :)
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