Acordou sobressaltado com um ruído que tanto podia ser de dedos a tamborilar numa pele como de uma aranha a correr pelo quarto. Um ruído saltitante e ritmado que crescia, diminuía, voltava a crescer, voltava a diminuir.
Acendeu a luz: o chão do seu quarto estava transformado num mosaico de meia dúzia de adufes gigantes (cada um feito da pele de uma só vaca) e por cima deles dançava o seu coração em perfeito concerto. Sorriu, aliviado. Nada alegra tanto um homem como ver o seu coração em festa.